24 de mai. de 2013 | By: Fabrício

Que Mundo é Este?



Resolvi escrever o seguinte texto como forma de expor tudo aquilo que me incomoda sobre o mundo em que vivemos. 

Caminhando pelas ruas e observando atentamente tudo e a todos que me cercam, me deparo com coisas horrendas que o tal ser humano é capaz de fazer. Olho ruas sujas, pichações, violência, brigas, discussões, pedintes e drogados. Esta última por sinal é a forma mais repugnante que um ser humano pode chegar. Que mundo é este?

Não satisfeito, ligo a TV e algo do meu subconsciente me impulsiona a assistir os telejornais – mesmo sabendo o tipo de notícia que será veiculada – e vejo coisas das mais nefastas que se pode imaginar. Um político que desviou dinheiro público, um “menor” que cometeu mais um crime bárbaro hediondo, guerras, luta pelo poder, disputas por territórios, fome, miséria, doenças que surgem sem explicações, intolerância étnico-religiosa. Que mundo é este?

É este o mundo que queremos deixar às futuras gerações, aos nossos filhos e netos? É obvio que não. Mas então, o que fazer? Ainda há esperança? Parafraseando o filósofo suíço, Jean-Jacques Rousseau, ele dizia que o homem é bom por natureza e que é a sociedade que o corrompe. Será?

É certo que o atual momento que vivemos e que enfrentamos não é algo exclusivo da contemporaneidade. Afinal, historicamente desde os primórdios da humanidade violência sempre existiu, privilégios, fome, guerras e tantas outras mazelas que nos assolam fizeram parte do processo histórico da humanidade desde o nosso primórdio.

Mas afinal, o que mais fez mal ao mundo: a religião, os bancos, as grandes corporações, a busca pelo poder, o preconceito ou a política?

Acredito que existirão pessoas que dirão: “O problema é que falta religião, falta Deus no coração das pessoas”. Então lhes digo. As religiões, as Igrejas enquanto instituição são compostas por seres humanos, que se intitulam religiosos, mensageiros da paz e do amor, enquanto na verdade estes são tão falhos quanto eu ou você caro leitor. Haja vista os escanda-los de pedofilia, enriquecimento ilícito entre outros fatos inescrupulosos que estes são envolvidos. É certo que não podemos generalizar a ponto de dizermos que todo religioso é corrupto, mas também não podemos viver como a sociedade medieval e deixar que a Igreja (enquanto instituição) nos molde e que paute nossa vida para não cairmos no oportunismo dos chamados falsos profetas. Deixemos de ser bucólicos!

Existe algo ainda pior, que controla e gerencia nosso mundo capitalista. Estou falando dos bancos e das grandes corporações que estão espalhadas como um vírus em cada canto do planeta, no qual, alegam levar desenvolvimento e empregos, quando na verdade espoliam e exploram tais sociedades. Se fixam como um parasita que tira qualquer reação e todas as forças de seu hospedeiro. Afinal, a exploração para com as sociedades menos favorecidas ainda existe só que ela acontece de forma tão sutil que não estranhamos mais e ainda por cima achamos que é a ordem natural das coisas. Que mundo é este?

Falta amor no coração das pessoas? Não sei nem se o mesmo ainda existe. Porém, se tem algum tipo de amor que ainda reluto acreditar é o dos pais para com seus filhos e vice-versa. Quanto as demais formas de amor, me desculpem os otimistas de plantão, mas vendo com um olhar mais empírico receio que caiu no descrédito.

Que mundo é este? Que a cada dia nos torna cada vez mais individualista e que sinônimo de felicidade tornou-se ostentar e ter cada vez mais bens de consumo. Há solução pra tudo isso? Torço para haver. Mas em um mundo que em pleno século XXI pessoas ainda morrem de fome e inanição, fica difícil acreditar em uma saída.

E o que nos resta a fazer? Resta-nos lutar, protestar, se manifestar contra isso ou aceitar e fingir que é a ordem natural das coisas. Bom seria se outro movimento iluminista, assim como ocorreu no século XVIII viesse à tona novamente, para abrir nossos olhos e mente e mudar essa sociedade que nos rege. Porque fora isso, aos mais religiosos recomendo rezar e torcer para que o dia do arrebatamento chegue o quanto antes para assim o Pai criador de tudo e de todos volte e nos julgue. Já para os incrédulos só há duas opções: aceitar ou negar nossa sociedade atual. Se optar pela primeira, trate de se firmar ou chegar mais próximo da classe detentora do poder de nossa “cadeia alimentar”. Quanto à segunda opção lute ou trate de procurar uma religião. Agora se você conseguiu atingir o alto escalão de nossa sociedade, parabéns, se vanglorie, pois finalmente você conseguiu atingir o ponto mais nefasto que um ser humano pode atingir.

Mas e quanto à pergunta que eu havia feito anteriormente? O que mais fez mal ao mundo? Se tiver que escolher apenas uma opção fico com a humanidade.

1 comentários:

Anônimo disse...

A sociedade que vivemos nos remete ao individualismo, caso contrario seremos sutilmente engolidos pelo sistema capitalista.
Respondendo a sua pergunta: O que fez mal ao mundo, a ganancia e ignorância dos primeiros lideres que esse mundo já possuiu...

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