22 de jul. de 2014 | By: Fabrício

SOBRENOMES: Primeiros documentos com nome completo datam do século XIV


Os chineses adotaram nomes familiares por volta de 2800 a.C. para facilitar a realização de um censo, mas foi só após a Idade Média que os sobrenomes começaram a ser utilizados no Ocidente. Até então, eram privilégios dos nobres e dos mais ricos. Na Turquia, por exemplo, só foram oficialmente adotados em 1933. Na Europa, a palavra sobrenome começou a aparecer em documentos oficiais a partir de 1370. Antes, as pessoas forneciam apenas o primeiro nome e o local de nascimento para os registros.

A prática existia desde a Antiguidade, em Roma. Os cognomina surgiram para diferenciar indivíduos dentro de um mesmo clã ou família maior, derivados, originalmente, de apelidos que faziam referência a alguma característica marcante. César, por exemplo, significava “cabeludo”. Os apelidos começaram a ser transmitidos entre gerações, como sobrenomes, mas a prática caiu em desuso com a queda do império.

O uso dos sobrenomes se tornou necessário quando a população mundial começou a aumentar. Em 1100, a aristocracia veneziana já tinha adotado o segundo nome e o costume foi difundido por outros países europeus. Os nomes faziam referência às profissões, origens, ou características. No fim do século XII, ter apenas um nome era considerado vulgar.

Mas até cerca de 1450, os nomes não eram fixos nem hereditários. O costume de relacionar o sobrenome com o pai fazia com que mudassem a cada geração: o filho de Peter era Petersson, mas seu filho podia ser Johansson. Das mulheres, era esperado que adotassem a linhagem do marido. No Brasil, foi assim até 1976, quando a lei do divórcio tornou o costume opcional.

FONTE: Revista Aventura na História.
9 de jul. de 2014 | By: Fabrício

Quem paga a conta?


É inegável que a Copa do Mundo é um dos maiores eventos esportivos do planeta, milhões de pessoas acompanham espalhadas por todo mundo.  Através do futebol podemos nos confraternizar com outras pessoas de países diferentes e de cultura distinta da nossa.

Mas observando o sentido do mundial futebolístico no Brasil, é difícil para o senso comum, apresentar uma leitura crítica sobre os reais impactos que esse megaevento trouxe para o país. A Cultura simbólica de que o Brasil é o país do futebol, é uma imagem afirmativa que tenta aliviar as expressões das desigualdades. Em nosso país, faz parte do cotidiano viver o futebol, seja nos campinhos dos bairros, nas ruas da periferia, nas quadras  ou na opção por torcer por um time estadual.

Entretanto, nada mais significativo para o imaginário do brasileiro do que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. E neste sentido é importante deixar claro que não sou e nunca fui contrário a Copa do Mundo. Seria hipocrisia, porque somos parte deste imaginário cultural. Porém, sempre fui contra ao modelo de cidade corporativa, estruturado em função dos megaeventos como a Copa e as Olimpíadas de 2016, sobretudo com o uso de direito público e isenção total de impostos concedido à FIFA pelo governo federal. Além disso, o Brasil nunca esteve preparado para receber eventos dessa magnitude, apesar da grande mídia afirmar que esta Copa está sendo a “Copa das Copas”.

Fico me perguntando, onde está o então legado que era para ser deixado a toda sociedade brasileira em termos de infraestrutura? Pois o que vi foram arenas sendo construídas e/ou reformadas às pressas com um volume enorme de dinheiro público para receber tal evento. Mas afinal, passada a Copa o que vamos fazer com os estádios de Manaus (Arena da Amazônia), de Brasília (Mané Garrincha) e de Cuiabá (Arena Pantanal)? A resposta é obvia, irão se tornar verdadeiros “elefantes brancos”. Com relação as demais arenas, foram construídas e reformadas com o dinheiro do contribuinte e entregue a administração privada. Só no Brasil mesmo...


Como se não bastassem os gastos vultosos (na ordem de R$ 28 bilhões, mais do que as duas últimas Copas somadas), a corrupção como sempre, perpetuou em nosso país; e como todos nós brasileiros estamos acostumados, ninguém é punido por cometer tal crime. A sensação que sinto como cidadão brasileiro é de que ser corrupto no Brasil compensa e que já se tornou um crime banal. É em virtude dessa conjuntura que se configurou que desde o início da Copa resolvi não torcer pelo Brasil.

Torço sim pelo meu país, mas para que ele tenha uma Educação, Segurança e Saúde de qualidade e que não se invista apenas no futebol, mas sim em outros esportes, como o vôlei, o atletismo, a natação entre outros, para assim nos tornarmos grandes potências em outras modalidade e não ficarmos restritos apenas ao futebol. Não dá para aceitarmos que perdure por mais tempo a política do “pão e circo” de nosso governo federal. Foi o que os protestos de junho de 2013 nos mostrou, pois mais uma vez como sempre é sabido, no final, é o povo brasileiro que vai pagar os gastos exorbitantes que foram “investidos” no evento.


A Copa está acontecendo, e ninguém precisa se sentir culpado em aproveitar os jogos. Ainda assim, a concentração de grandes eventos num curto espaço de tempo e a forte reação de manifestantes contra seus excessivos gastos fizeram com que o Brasil perdesse a inocência. No final disso tudo, mesmo se a nossa seleção tivesse levantado a taça, seria difícil disfarçar o sorriso amarelo da consciência de que todos perdemos alguma coisa. Afinal, se o Brasil tivesse se consagrado campeão dessa Copa, todos os nossos problemas teriam sido camuflados pela sensação de vitória.

É hora de reflexão, e sabermos discernir o que é prioridade em nosso país, sobretudo em ano de eleição. Não dá para sermos complacentes com a política que vem sendo imposta à nós brasileiros, temos que nos conscientizar e percebermos que existem outros assuntos mais importantes dentro da esfera pública que merecem ser discutidos. Deixemos nosso estado de letargia e saibamos que um país não se constrói com investimento apenas em futebol. Se quisermos de fato fazer com que o Brasil se torne melhor e menos desigual é necessário que se invista em EDUCAÇÃO para que possamos constituir uma nação crítica e consciente. Isso é mais do que óbvio, entretanto, convém aos nossos legisladores que grande parte de nossa população continue sem uma boa formação de qualidade porque os convém. 

Até que esse sonho de um país mais igualitário e melhor não se concretize, paguemos os rombos de nossos cofres públicos investido nos estádios para a Copa e que possamos colocar nas urnas nossa indignação e cobrarmos (como fizemos em junho/2013) os nossos governantes que se dizem "representantes do povo". 


ACESSE:

  • Reportagem do jornal Folha de S. Paulo comparando os gastos da Copa com o que é investido em Educação no país: 
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/05/1458720-custo-da-copa-equivale-a-um-mes-de-gastos-com-educacao.shtml


  • O Mundial e as despesas do governo: 
http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2014/05/82605-o-mundial-e-as-despesas-do-governo.shtml


1 de jul. de 2014 | By: Fabrício

Lei Áurea e o fim da escravidão no Brasil

Como poderia ter sido um jornal do dia 14 maio de 1888?


O site do “Jornal do Senado” tem um encarte especial sobre a Lei Áurea e o fim da escravidão no Brasil. O material tem oito páginas e foi elaborado como se fosse um jornal publicado no dia seguinte ao da assinatura da lei. Os textos e as imagens fornecem muitas informações sobre o processo de abolição da escravidão no Brasil. 
Para saber mais, visite o site: http://goo.gl/IypOju.

Livraria abre espaço para aficionados em guerra

Os aficionados e estudiosos da Segunda Guerra Mundial e do universo militar, agora têm um espaço para discussão e troca de ideias. O Centro de História Overlord (CHO), aberto em maio na Vila Romana, zona oeste São Paulo, é formado por uma livraria especializada no tema, acervo com objetos da Segunda Guerra e de outros conflitos militares, e espaço para exposição e cursos, todos voltados ao universo do militarismo.

Objetos da Segunda Guerra Mundial e de outros conflitos estão expostos no Centro Histórico Overlord.

A proposta do Centro Histórico Overlord - nome da operação conhecida como o Dia D - é ser uma livraria especializada em literatura militar. Atualmente possuí 600 títulos entre livros e revistas. Nela se encontra vasta literatura, nacional e importada, a respeito das duas grandes guerra mundiais, da Força Expedicionária Brasileira (FEB), aviação, política externa, e de outros conflitos da história contemporânea, além de outros objetos. O acervo é composta por uniformes e outros objetos militares, alguns deles originais.
Ao entrar no CHO as paredes possuem cor que remetem ao ambiente militar e ao subir as escadas que levam a sala principal, estão expostos quadros, imagens de época, adereços e bandeiras, emblemas militares, tudo embalado com uma seleção musical composta por clássicos da década de 40 e trilha sonora de filmes de guerra. Segundo o idealizador do centro, o historiador Cesar Campiani Maximiano, o objetivo é criar um ambiente que transmita a sensação de se estar em um local em que combatentes de guerra frequentavam. 

O criador do centro, Cesar Maximiano, largou a vida acadêmica para se dedicar ao CHO.

Maximiniano cresceu nos anos 1970 onde o assunto segunda guerra ainda era um tema fresco e teve interesse em entender esse momento tão drástico nos conflitos internacionais. Acabou se envolvendo e optando pelo estudo da história como profissão. Doutor em história, escreveu três livros, um deles sobre a FEB. Seguiu carreira acadêmica, mas abriu mão para dedicar-se exclusivamente ao CHO.
Detalhes de objetos da 2ª Guerra.

As atividades do CHO estão se expandindo. Em 19 de julho será realizado o primeiro encontro de reencenadores, quando os aficionados se encontrarão vestidos com os uniformes militares idênticos aos usados na Segunda Guerra Militar. O evento contará também com um almoço temático onde será servido uma refeição consumida pelos soldados em dias de folga.

FONTE: Estadão.