17 de nov. de 2015 | By: Fabrício

Entenda em 10 minutos como nasceu a crise no Oriente Médio, que chegou à França

O que ocorre exatamente na Síria? De onde vêm mais de quatro milhões de refugiados? Foram essas perguntas que incentivaram o grupo #WhyMaps a fazer um vídeo, no começo de outubro, que explica em pouco mais de 10 minutos e 15 mapas a história da Síria e da região, que têm sido o centro das atenções do mundo neste ano, em grande parte graças ao grupo terrorista Estado Islâmico (Isis).

Apesar de ter sido publicada antes dos atentados de 13 de novembro em Paris, a gravação ganhou destaque nesta semana, quando muitos internautas procuravam resposta para a barbárie que deixou 129 mortos e centenas de feridos na capital da França.

o projeto tem um fundo social. Segundo o #WhyMap, "qualquer benefício financeiro que o vídeo possa gerar será destinado à campanha síria Save The Children" -- que dá apoio a crianças sírias afetadas pela guerra civil no país.

Primeiro o narrador conta a história do Oriente Médio desde a Mesopotâmia até os dias atuais, para que entendamos a importância da região e como a Síria se tornou esse país tão conturbado, cheio de guerras e conflitos. E se vocês podem fazer um palpite, sim, envolve petróleo.

Assista abaixo ao vídeo em espanhol com legendas em português. E como eles mesmos falam: se quiser entender o presente, se pergunte: e o passado?

12 de out. de 2015 | By: Fabrício

Carolina Maria de Jesus (1914-1977)

Carolina Maria de Jesus em meio aos barracos da favela Canindé, 
nas cercanias do recém-construído estádio, em 1958.

Para uma escritora que viveu rotulada como “mulher, negra e favelada”, mãe solteira sem muita escolaridade, que tinha nos lixões do entorno da favela do Canindé, em São Paulo, onde morava, os meios de sustentar a família e a base de sua produção literária (ela levava para o barraco livros e cadernos que encontrava no lixo), pode-se dizer que Carolina Maria de Jesus (1914-1977) teve uma trajetória excepcional. Sua vida de escritora, apesar das muitas contradições do seu temperamento, fez dela um fenômeno editorial e midiático, algo contrastante com sua atividade de catadora de papel das ruas de São Paulo. Incomodada por ser vista por todos como “mendiga e suja”, dizia que, embora andasse suja, não era mendiga: “Mendigos pedem dinheiro; eu peço livros”.

Carolina Maria de Jesus nasceu a 14 de Março de 1914 em Sacramento -MG, cidade onde viveu sua infância e adolescência. Seus pais, provavelmente, migraram do Desemboque para Sacramento quando houve mudança da economia da extração de ouro para as atividades agropecuárias.

Quanto a sua escolaridade em Sacramento, estudou em um colégio espírita, que tinha um trabalho voltado às crianças pobres da cidade, através da ajuda de pessoas influentes. Carolina estudou pouco mais de dois anos. Toda sua educação formal na leitura e escrita é com base neste pouco tempo de estudos.

Mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento, por ser negra e pobre, Carolina revelou através de sua escritura a importância do testemunho, como meio de denúncia, da desigualdade social e do preconceito racial.

Desde que apareceu para o mundo das letras com seu livro “Quarto de despejo”, no início da década de 1960 (precedido das reveladoras reportagens do jornalista Audálio Dantas), Carolina Maria de Jesus vem sendo alvo de diversos estudos no Brasil e no exterior. Esses estudos giram em torno da sua turbulenta vida de favelada e da sua extensa obra, que engloba autobiografia, memorialismo, poesias, contos, provérbios e romances. Publicou ainda “Casa de alvenaria”, “Journal de Bitita“ (póstumo, 1982, França) e “Meu estranho diário” (também póstumo, 1996, organizado por José Carlos Sebe Bom Meihy e Robert M. Levine), o que nos dá uma ideia dos muitos inéditos deixados pela escritora, traduzida para dezenas de idiomas, como o romeno, russo, japonês, inglês, sueco e alemão.

No vídeo produzido pela equipe de Pesquisa Fapesp, a historiadora Elena Pajaro Peres fala sobre aspectos da vida e obra da escritora, ressaltando a importância de verificar aspectos que vão além dos livros e do período em que a autora viveu em São Paulo. Veja como seu trabalho continua a instigar pesquisas.


30 de ago. de 2015 | By: Fabrício

Schwerer Gustav - A maior arma já usada em combate

Ilustração Schwerer Gustav

Em 1935, a França anunciou sua mais nova realização militar: a Linha Maginot, um complexo de fortificações muito sofisticado na fronteira com a Alemanha, destinado a impedir que se repetisse a invasão ao país ocorrida na Primeira Guerra. Os nazistas, no poder já havia dois anos, pensaram na resposta: construir um canhão que destruísse tal barreira.

Em meados dos anos de 1930, a indústria alemã Krupp (atualmente conhecida como ThyssenKrupp - é isso mesmo, justamente a empresa que é famosa por fabricar elevadores no Brasil), detentora de patentes diversas em armas, trens e outros equipamentos já naquela época, foi selecionada pelo governo alemão e recebeu uma encomenda literalmente monstruosa. Hoje seria fácil com mísseis teleguiados, mas na época foi um desafio e tanto! O engenheiro Erich Müller chegou à conclusão de que seria possível construir um canhão dessa magnitude, porém seria necessário um transporte adequado e que conseguisse carregar muita carga porque ele seria monstruosamente grande. A Krupp já tinha fama nos trilhos, então não foi difícil para eles encaixar a gigantesca arma sobre o vagão de um poderoso trem.


O resultado foi a maior arma já usada em combate, o Schwerer Gustav – ou Gustav Pesado. Ele tinha 46,3 metros de comprimento, 11,6 de altura e pesava 1350 toneladas – equivalente a 20 tanques superpesados Tiger II, os maiores da guerra. Schwerer Gustav, é como foi chamado o canhão, em honra do seu criador Gustav Krupp, diretor da empresa entre 1909 e 1944.
A superarma não foi completada a tempo da invasão da França, em maio de 1940. Nem foi necessária: os alemães simplesmente invadiram a Bélgica e a Holanda e deram a volta na Linha Maginot, até hoje um dos maiores fracassos militares da História.

Gustav e sua irmã gêmea, Dora, agiriam no Front Oriental. Gustav foi utilizado no Cerco de Sebastopol (região da atual Ucrânia), em 1942, destruindo fortificações costeiras soviéticas. Quarenta e oito tiros foram disparados antes que o cano acabasse gasto e fosse mandado de volta à Alemanha. Dora foi levada a Stalingrado. Essa foi a maior de toda História, mas não se sabe ao certo se chegou a dar um único tiro.

Schwerer Gustav

A artilharia hiperpesada, porém, era um conceito tão ultrapassado quanto a Linha Maginot. Aviões podiam fazer o trabalho bem melhor, a menos custo e sem as complicações logísticas de um supercanhão.

Curiosidades:

  • Operação Simples: Os projéteis eram trazidos pela ferrovia e içados por dois guindastes elétricos. A tecnologia acabava por aí: os soldados os empurravam até a base do canhão em carrinhos, rolavam-nos com as mãos para a posição e os introduziam no canhão também manualmente, usando uma bucha.
  • Comboio: O canhão era desmontado para ser carregado em ferrovias comuns. Em carros separados iam a culatra, as duas seções do cano, a cobertura do cano, o munhão e a base, dividida pela metade, também em duas partes. Os carros de suporte iam direto nos trilhos. No total, o comboio tinha 25 carros e 1500 metros de comprimento.
  • Primitivo: Para o maior canhão da história, o Gustav era uma máquina relativamente simples. Era fixo na horizontal e só atirava para a frente. Para mirar, usava-se uma ferrovia curva – a posição nos trilhos indicava a direção do alvo. Mesmo com balas tão potentes, não era necessário fixá-lo ao chão para proteger dos recuos. Era tão pesado que bastavam os freios das rodas, e ele mal se movia para trás ao atirar.
  • Cano: Com 32 metros de comprimento, a arma podia disparar a cada 15 minutos, ainda que, em média, o mais comum fossem 14 disparos por dia. Pelo ângulo, os projéteis atingiam 12 quilômetros de altitude. Era possível atirar 300 vezes antes que a parte interna ficasse gasta e tivesse de ser mandada para a Alemanha para reparos. O ângulo de disparo era ajustado por motores elétricos. 

Assista ao vídeo a seguir:







2 de jul. de 2015 | By: Fabrício

Documentário: Em busca da verdade


A produção, que conta com material inédito, apresenta investigações feitas pela Comissão Nacional e pelas Comissões Estaduais da Verdade e mostra como funcionou a estrutura de repressão no país, como a tortura foi institucionalizada dentro de uma política de Estado e de que forma empresas públicas e privadas financiaram o regime militar no Brasil.


   


Direção: Deraldo Goulart e Lorena Maria 
Duração: 58 min 
Entrevistados: Pedro Dallari, Rosa Cardoso, José Carlos Dias, Maria Rita Kehl, Luiz Cláudio Cunha, Glenda Mezarobba, Adriano Diogo, Ivan Seixas, Amelinha Teles, Nadine Borges, Álvaro Caldas, Eny Moreira, Hildegard Angel,Senador João Capiberibe, Senador Randolfe Rodrigues, Ana Rita e Carlos Fico.
16 de mai. de 2015 | By: Fabrício

Segunda Guerra: o conflito visto em pôsteres soviéticos


Em dezenas de cartazes — muitos deles ricos esteticamente — uma narrativa que ficou esquecida após o fim do socialismo primitivo e da URSS.

As 2 da manhã, horário de Moscou, em 9 de maio de 1945, o locutor de rádio Yuri Levitan declarava: “A Alemanha foi totalmente vencida”. Completam-se hoje setenta anos da derrota nazista na II Guerra Mundial — um conflito em que a antiga URSS exerceu papel crucial. Para se ter uma noção, suas baixas foram 30 vezes maiores que as dos EUA e Grã-Bretanha, somados. A URSS perdeu 25,5 milhões de pessoas, enquanto Inglaterra e EUA, cerca de 450 mil cada (num total de 55 milhões de mortes em toda a guerra).

Até meados dos anos 60, ainda se lembrava do papel fundamental do “exército vermelho” na vitória sobre as tropas do III Reich. O esquecimento é tido por historiadores como reflexo da parceria entre o Pentágono e Hollywood. No final do mandato, o presidente Franklin Roosevelt institucionalizou essa relação com a criação do Office of War Information e convidou os cineastas John Ford e Frank Capra a colocarem seus talentos a serviço das ambições militares estadunidense, traçando uma linha estratégica para disputar a narrativa simbólica no pós-Guerra. Mas se os alemães dominavam o rádio e os Estados Unidos a sétima arte, a URSS era a rainha dos pôsteres. Segue alguns deles:

Deixem voar a bandeira da vitória sobre Berlim.

Defenderemos a “mãe” Moscou.

Aniquilando os invasores!

A pátria mãe chama!


Os panzers alemães não passarão!

Já se voluntariou?

Salve eles, guerreiros do exercito vermelho!


Marchando para Moscou e se arrastando de volta!

Meu pai é um herói, e o seu?

Sim para Frente Unida!

Matando os vermes nazistas!


Sobre a terra, ar e mar.

O exercito vermelho varrerá os alemães para longe!

Nós matamos eles com arma de aço.

Europa será libertada!

Lá vem eles… lá vão eles!

A face do Hitlerismo.

Enxotando o verme nazista!

Fiquem em alerta!
12 de abr. de 2015 | By: Fabrício

África - uma história rejeitada

O documentário África – uma história rejeitada, apresenta a riqueza e a diversidade das muitas histórias africanas, resgatando o legado histórico e cultural das civilizações africanas, bem como as marcas das intervenções árabes e europeias nesse continente.

O vídeo retrata também os mitos que envolvem a construção das muralhas da Grande Zimbabwe que acabou por dar origem na época ao país do Zimbabwe e a construção das cidades islâmicas encontradas na costa africana que eram povoadas pela civilização Swahili.

Acreditava-se que o povo africano ali existente não tinha construído tais gigantescas construções da época, sendo creditado aos homens brancos europeus a autoria das obras, chegou-se até mesmo a acreditar que a construção do local teria sido obra da Rainha de Sabá, contemporânea do bíblico Rei Salomão.

No entanto, hoje o complexo de muralhas da Grande Zimbabwe já é considerado como as ruínas do que teria sido a morada de uma legítima monarquia pertencente a um grande Estado africano que existiu por volta de do asno 1200. Em 1986 o local foi registrado como patrimônio da humanidade pela UNESCO.

O filme relata também sobre a comercialização do ouro e marfim extraídos do interior da África que eram negociados com mercadores da Índia, Arábia e do extremo oriente, o que vieram a resultar nas construções de grandes cidades e portos comerciais na África Oriental.

Essa mistura de povos na África acabou por acarretar na cultura e religião dos povos Swahilis. Pesquisadores europeus encontraram na década de 20 na África Oriental diversas ruínas de cidades com palácios e mesquitas ricamente decorados, cuja construção foram imediatamente atribuídas aos árabes. Hoje, já existem teorias que atribuem aos africanos a construção dessas cidades.

Portanto, diante de tudo que é explicitado no vídeo, é possível compreendermos, fatos e  uma realidade desconhecida por muitos, pois os livros que estudamos a tempos atrás e até hoje em alguns, só nos apresentava  uma África de miséria, de fome, de conflitos internos. A África não é somente pobre, ela possui partes ricas, porém pouco mostrada, fazendo com que os olhos do senso comum se volte para a ideia de ser um continente miserável. Trata-se portanto, de um documentário importante pois contribui para acabarmos com estereótipos que possuímos sobre o continente africano.


27 de jan. de 2015 | By: Fabrício

O sistema político brasileiro


A Codorna Filmes produziu uma série de cinco vídeos com conteúdo didático sobre o sistema político brasileiro. Os episódios são curtos e claros, tratando de diferentes aspectos da organização política brasileira. O primeiro traça um panorama geral do sistema político brasileiro, o segundo trata do Poder Legislativo e o terceiro do Poder Executivo.

O formato curto e didático torna os vídeos um excelente material. A partir deles, é possível discutir temas introdutórios sobre o sistema político brasileiro, bem como propor atividades de pesquisa e aprofundamento sobre o assunto. É também uma boa oportunidade para realizar atividades interdisciplinares ou transversais, destacando temas de Sociologia, de Ética e de Cidadania. Também é possível utilizar os vídeos para trabalhar com a evolução histórica do sistema político brasileiro. Nesse caso, pode-se destacar o lento processo de consolidação do sistema republicano moderno, com a divisão dos poderes e a possibilidade de participação política por meio do voto democrático e livre.

Episódio 1 - O que é isso?



Episódio 2 - Legislativo



Episódio 3 - Executivo



Episódio 5 - Mas... pra que é isso mesmo?



Mas cadê o episódio 4? Pois é, até o momento a produtora ainda não disponibilizou o episódio 4 que irá tratar do sistema judiciário brasileiro. Entretanto, assim que estiver disponível posto para vocês.