31 de mar. de 2013 | By: Fabrício

História com música - Tamuya Thrash Tribe


Que tal aprender História ouvindo Thrash Metal? É isso mesmo. Banda brasileira de Thrash Metal inova ao compor músicas sobre história do Brasil.

A banda Tamuya Thrash Tribe, formada em 2010 por Luciano Vassan, Guilherme Pollig, Leonardo Emanoel e Alexandre Ventura, faz um som pesado e distorcido, com letras em inglês, riffs elaborados e batidas arrasadoras, aliados a um vocal ensurdecedor.

Em suas músicas, temas como escravidão, abolicionismo, missões jesuíticas, revoltas escravagistas e tráfico de escravos são frequentes. O principal objetivo da banda é mostrar para o mundo a grandeza da história do Brasil, exaltando não somente personagens como Zumbi dos Palmares, Tiradentes e Lampião, mas também o lado mais sombrio da nossa história e nossa cultura, mostrando tudo aquilo que ficou de fora dos livros didáticos.

Fica a dica. Vale a pena conferir o trabalho!!!

29 de mar. de 2013 | By: Fabrício

História com música - Dead Fish (Modificar)


Quando vamos trabalhar com História, algo que sempre prezo em minhas aulas é a possibilidade de trabalharmos com música. E quando trata-se do final da ditadura militar brasileira para o processo de transição para nosso período democrático, costumo utilizar a música "Modificar", da banda Dead Fish. Banda esta que possui inúmeras músicas que possibilita o professor poder trabalhar em sala de aula. Recomendo conferir outros trabalhos da banda.

Música: Modificar
Banda: Dead Fish
Álbum: Sonho Médio, 1999
26 de mar. de 2013 | By: Fabrício

Lista de Bibliotecas Virtuais


As bibliotecas virtuais surgem com uma forma de democratizar a informação em todo o mundo e, por isso são grandes aliadas dos professores. Nelas você encontra obras que custam caro e que ainda não estão disponíveis na sua escola ou biblioteca da cidade.
Para ajudar na busca, a Revista Nova Escola preparou uma seleção com 10 bibliotecas virtuais onde o usuário pode baixar gratuitamente diversos clássicos da literatura, entre outras obras.
A biblioteca que ainda não tem residência física definitiva na Universidade de São Paulo já tem uma pequena porcentagem do seu acervo online focado em autores brasileiros ou obras ligadas à cultura nacional em domínio público. Em destaque, três volumes com gravuras de Debret durante sua viagem pelo Brasil no século 19, todas as primeiras edições da obra de Machado de Assis, José de Alencar e Olavo Bilac e a Coleção da Klaxon, uma das principais revistas do movimento modernista paulistano. Boa parte das obras raras acompanha textos de apresentação feitos pelos pesquisadores.
Desenvolvida pelo Ministério da Educação, nesta biblioteca são disponibilizados gratuitamente cerca de 180 mil textos, além de imagens, arquivos de som e vídeo. O site conta com rico acervo de publicações na área de educação. Lá, você ainda encontra as obras completas de Machado de Assis e um grande acervo de poesias de Fernando Pessoa. A biblioteca possui também diversas músicas eruditas brasileiras, e inúmeros textos de literatura infantil, além dos Compilados sobre Legislação Educacional.
Biblioteca Nacional - http://www.bn.br/portal/
Um dos maiores acervos do país já tem boa parte da sua versão virtual catalogada, principalmente na área de periódicos. Apesar de conter um certo número de materiais literários, o foco da biblioteca catalogada ainda são os mapas, fotografias e periódicos. Vale conferir a versão original dos Lusíadas, a Bíblia em latim, e a Coleção Teresa Cristina – uma série de documentos doados ao museu pela mulher de Dom Pedro II com registros riquíssimos do Império.
Arquivo Público do Estado de São Paulo - http://www.arquivoestado.sp.gov.br
Uma excelente opção para aqueles que procuram arquivos históricos relacionados ao Estado de São Paulo Jornais, o Arquivo Público do Estado traz uma série de revistas, Fotografias, vídeos e anuários estatísticos. Entre os destaques do acervo está um conjunto documental com cartas trocadas pelos chefes do movimento sobre a Revolução de 1924. A seção Memória da Educação é um prato cheio para professores, apresentando publicações de caráter histórico que nos remetem ao universo escolar em São Paulo nos séculos 19 e 20.
Acervo Digitais de Cordeis da Biblioteca de Obras Raras de Átila de Almeida – UFPB - http://cordeis.bc.uepb.edu.br/index.php
Considerando a riqueza da peculiaridade da cultura nordestina, a biblioteca traz cerca de 9 mil títulos e 15 mil exemplares de cordéis da Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida, cuja mantenedora é a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A biblioteca apresenta-se como a maior guardiã no Brasil desse tipo de acervo tanto no que diz respeito às questões de ordem quantitativa como qualitativa (estado de conservação e organização das peças).

Também pertencente à Universidade Federal da Paraíba, a biblioteca traz um rico acervo sobre o educador que inclui seus textos, livros, textos didáticos, correspondências e, inclusive, diversas críticas e análises relacionadas a seu trabalho.
Biblioteca Digital Mundial - http://www.wdl.org/pt/about/
Criada pela UNESCO, a Biblioteca Digital Mundial disponibiliza na Internet, gratuitamente, e em formato multilíngue, importantes de literatura, áudio, mapas e fotografias provenientes de países e culturas de todo o mundo. As pesquisas podem ser feitas em sete línguas diferentes e as buscas, feitas por período.
Traz biografias de artistas, cineastas e dramaturgos nacionais; além de roteiros de cinema, peças de teatro e a história de diversas emissoras de TV. Caso o leitor prefira a versão impressa, todos eles podem ser encontrados em livrarias de todo o país;
Projeto da Wikimedia Foudation dedicado ao desenvolvimento colaborativo de livros, apostilas, manuais e outros textos didáticos de conteúdo livre. São diversos temas em diversas línguas. Há uma versão da página em português.
Banco de Dados de Livros Escolares Brasileiros (1810 a 2005) – FEUSP - http://www2.fe.usp.br/estrutura/livres/index.htm
Banco de dados que disponibiliza pela internet o acesso à produção das diversas disciplinas escolares brasileiras desde o século XIX até os dias atuais e fornece referenciais e fontes. A organização do LIVRES caracteriza-se por ser alimentado e ampliado constantemente pelas pesquisas de uma equipe de especialistas da área, que analisam o livro.
Aproveite!

FONTE: Revista Nova Escola.

O Ofício de Historiador

O homem durante sua existência sempre sentiu a necessidade de conhecer suas origens e de onde ele veio. Com o passar do tempo essa necessidade foi se tornando cada vez mais intensa e o pouco conhecimento que tinha de si já não era o bastante para os seres humanos. Acredito que foi dessa necessidade que surgiu a chamada Ciência História que vai investigar o passado a procura da origem das muitas identidades desse homem.

O historiador é como um detetive do passado que tem uma busca incessante por pistas que o aproxime de uma resposta para suas indagações. Para isso o historiador deve ir atrás de fontes históricas. Para o historiador francês Marc Bloch o historiador deve tomar cuidado com as verdades absolutas, pois o mesmo fato pode ser interpretado de várias maneiras, de acordo com o interesse de que narrou tal fato ou até mesmo de quem leu.

O grande problema que um historiador pode enfrentar é a falta de fontes. Afinal, sem as fontes históricas não é possível fazer História. Sem as mesmas ele fica desguarnecido de informações. Às vezes as fontes existem, mas não estão organizadas, catalogadas ou mesmo disponíveis. Foi tentando minimizar este problema que surgiram museus, arquivos, bibliotecas e, mais recentemente, os centros de documentação.

Todo documento, quando é produzido, tem suas finalidades específicas e entre essas não figura a de servir como testemunha histórica, portanto, cabe ao historiador interpretá-lo para assim desvendar o que há por detrás de tal documentação. Logo o documento tem valor histórico quando este serve para satisfazer as perguntas de um objeto de pesquisa.

Para o historiador brasileiro Ciro Flamarion Cardoso, a partir do surgimento da chamada Escola dos Annales, movimento fundado por Marc Bloch e Lucien Febvre, a noção de documento histórico vem se ampliando muito. Prova disso é que hoje além das Histórias em Quadrinhos (HQs) é possível fazer História com base na análise jogos de vídeo game (algo que era inconcebível décadas atrás), ou seja, é possível trabalhar com os mais diversos instrumentos para a produção historiográfica.

TIPOS DE FONTES HISTÓRICAS:

Documentos Escritos: são as fontes históricas mais utilizadas pelos historiadores e trazem informações escritas em certidões, cartas, testamentos, jornais, revistas, letras de músicas, livros, diários...

Relatos Orais: são os registros feitos a partir de entrevistas, que podem ser gravadas ou transcritas, com pessoas que participaram de acontecimentos do passado ou testemunharam.

Fontes Materiais: são os sinais que o homem deixa pelos lugares por onde passa, que podem ser vistos em vários sítios arqueológicos abertos à visitação pública ou em museus especializados.

Fontes Audiovisuais e Musicais: nesta categoria, encontram-se o cinema, a televisão e os registros sonoros em geral.

Fontes Iconográficas: são imagens, pinturas, fotografias, anúncios publicitários entre outros.

Fontes Arquitetônicas: são casas, monumentos e outras construções edificadas no passado.

Em geral, os professores acabam usando os documentos para afirmar a veracidade de determinados fatos ou para dar relevo aos seus argumentos. Isso é resultado, em parte, de um drama comum na aula de História que começa em duas situações: a primeira é quando o estudante pergunta a razão de estudar a disciplina (“uma coisa tão antiga”); a segunda é quando o aluno indaga, por exemplo, sobre os rituais de mumificação no Egito Antigo e acrescenta: “Como o senhor sabe, professor, se não estava lá”? O embaraço das questões leva o docente a reafirmar o papel da fonte como prova de seu relato. Esta utilização é perigosa, porque leva as novas gerações a preservarem a noção de História como algo que trata apenas do que está escrito nos documentos.

Quero concluir dizendo que enquanto professores é fundamental problematizar o documento quanto ao seu papel na época em que foi elaborado. Utilizamos as fontes tanto para mostrar a complexidade do conhecimento histórico e modificar o modo como se representa a História na memória coletiva quanto para aproximar as experiências alheias ao estudante. O risco é reafirmar aquilo que a historiografia já abandonou há um bom tempo, ou seja, a noção de que o documento carrega a verdade da História, enquanto os historiadores seriam apenas sujeitos passivos ao descreverem o passado por meio das fontes. 



REFERÊNCIAS:
  • BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2001.
  • CARDOSO, Ciro Flamarion e MAUAD, Ana Maria. história e Imagem: Os exemplos da fotografia e do cinema. In: CARDOSO, Ciro flamarion e VAINFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da História. Ensaios de teorias e metodologia. Rio de Janeiro, Ed. Campus, 1997.
25 de mar. de 2013 | By: Fabrício

Uma Cidade Sem Passado (1990)


Uma cidade sem passado (Das Schreckliche Mädchen) é um filme alemão lançado em 1990 e tem direção de Michael Verhoven. O filme, baseado em fatos reais conta a história da jovem estudante alemã Sonia Rosenberger (Lena Stolze), que após ganhar um concurso de redações recebe uma proposta para participar de uma nova competição e para isso, deve escolher entre duas temáticas: Liberdade de expressão na Europa ou minha cidade natal durante o III Reich. Estimulada pelas histórias que ouvia desde criança, Sonia decide mostrar como a cidade e principalmente a Igreja se mantiveram íntegras durante o período do III Reich.

Uma das características da produção são os depoimentos dos personagens ao longo do filme. Cada um comenta sobre a pesquisa desenvolvida por Sonia o que dá ao filme uma característica de filme documentário. A própria Sonia é a narradora da história. Outra característica importante é o fato da primeira parte do filme, que mostra a infância e adolescência da protagonista ser em preto e branco e a segunda parte, o desenvolvimento da trama propriamente dita ser colorida. Essa característica é utilizada para chamar a atenção do espectador para a parte principal do filme, por isso as duas formas de exibição.  




A trama começa quando Sonia dá os primeiros passos em busca de informações sobre o passado, visitando instituições de pesquisa e ouvindo as versões das pessoas mais próximas sobre os fatos ocorridos na cidade durante o III Reich. Apesar da dedicação, as informações obtidas além de escassas, não oferecem os subsídios necessários para o desenvolvimento do projeto. As pessoas envolvidas se limitam a dar informações que possam contribuir para o desenvolvimento do trabalho, alegando não lembrar o que acontecia na cidade ou mencionando apenas as histórias que envolvem o prefeito da época pelo fato deste ser o “único” nazista declarado. A verdade é que os cidadãos queriam esconder o passado sombrio da cidade. Sendo assim, o silêncio no filme surge como uma alternativa eficaz para o esquecimento de memórias desconfortáveis ou comprometedoras. 

Ótima oportunidade para ser trabalhado o conceito de pesquisa historiográfica. Outro fator importante do filme, é que trata-se de uma produção bem humorada, uma vez que o diretor faz com que a personagem principal (Sonia Rosenberger) se depare com situações engraçadas em meio a sua pesquisa, tornando assim, o filme menos cansativo.

Conversas Com Um Jovem Professor


Muitos são os livros que trazem teorias sobre a sala de aula, mas faltava um sobre a prática de ensinar. Não falta mais. Nestas "conversas" o leitor não encontrará citações de grandes obras, conhecerá experiências em classe. Tanto as que deram certo como as que fizeram o autor se arrepender depois.

Professor com vasta experiência, dono de texto envolvente, Leandro karnal discute os problemas cotidianos daqueles que lecionam: como dar aula, como corrigir provas, o que é necessário lembrar numa reunião com os país. Em poucas palavras: como realmente lidar com as práticas escolares.

Obra imprescindível para quem se aventura a ensinar.

História e Temporalidade


O que é História? Há uma definição clássica de História feita por Marc Bloch em Apologia da História ou o ofício do historiador que a resume numa frase mais ou menos assim: "História é a ciência que estuda os homens no tempo". Qual a relação entre o tempo e a História? Como o historiador trabalha? Estas e outras perguntas são respondidas neste vídeo produzido pela Univesp TV que entrevistou especialistas no assunto. Além de ser bem didático, ajuda a entender como o historiador produz História e sua importância para a sociedade contemporâneo.
22 de mar. de 2013 | By: Fabrício

Chimamanda Adichie: O perigo da história única

Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana. Nasceu em Abba, no estado de Anambra, mas cresceu na cidade universitária de Nsukka, no sudeste da Nigéria, onde se situa a Universidade da Nigéria. Seu pai era professor de estatística na universidade, e sua mãe trabalhava como secretária no mesmo local. Quando completou 18 anos, deixou a Nigéria e se mudou para os Estados Unidos. Depois de estudar na Universidade Drexel, na Filadélfia, Chimamanda se transferiu para a Universidade de Connecticut. Fez estudos de escrita criativa na Universidade Johns Hopkins de Baltimore, e mestrado de estudos africanos na Universidade Yale.

Vídeo fantástico, uma verdadeira aula de História e Antropologia. Impossível não fazer uma reflexão sobre suas próprias atitudes ao assisti-lo.

Marx: Mais-Valia

Mais-Valia é um conceito fundamental da economia política marxista, que consiste no valor do trabalho não pago ao trabalhador, isto é, na exploração exercida pelos capitalistas sobre seus assalariados. Marx, assim com Adam Smith e David Ricardo, considerava que o valor de toda a mercadoria é determinada pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la.

Está difícil compreender ainda? Esta pequena charge ajuda a entender o conceito de Marx sobre Mais-Valia.



O Mito da Caverna, por Maurício de Souza

O Mito da Caverna ou Alegoria da Caverna, foi escrito pelo filósofo Platão e está contido em "A República", no livro VII. Na alegoria narra-se o diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato. É um dos textos mais lidos no universo filosófico. Platão usou a linguagem mítica para mostrar o quanto os cidadãos estavam presos a certas crendices e superstições.

Aqui você vera a adaptação de O Mito da Caverna de forma inteligente por Maurício de Souza. Ótima oportunidade para ser trabalhado em sala de aula. Vale a pena conferir!!!




É perfeitamente possível relacionar a filosofia platônica, sobretudo O Mito da Caverna, com nossa realidade  atual. Ajuda na formação do senso crítico e é um ótimo exercício de interpretação de texto. 

120 Livros Acadêmicos - download gratuito

A Universidade Estadual Paulista (UNESP) através da Cultura Acadêmica (um dos braços de sua editora principal), está disponibilizando 120 títulos acadêmicos em formato digital para download gratuito. Os livros estão divididos em 23 áreas do conhecimento e são voltados para estudantes de graduação e pós-graduação que precisam de material de apoio para desenvolver projetos acadêmicos.

18 de mar. de 2013 | By: Fabrício

O Dia Que Durou 21 Anos (2012)

O documentário mostra a influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964. A ação militar que deu início à ditadura contou com a ativa participação de agências como CIA e a própria Casa Branca. Com documentos secretos e gravações originais da época, o filme mostra como os presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson se organizaram para tirar o presidente João Goulart do poder e apoiar o governo do marechal Humberto Castelo Branco.

O longa foi coproduzido pela TV Brasil e apresentado em três partes de 26 minutos em abril de 2011.

Imperdível!!!

Assista ao trailer.


A Anpuh (Associação Nacional dos Professores Universitários de História) Brasil tem a satisfação de convidar a comunidade de pesquisadores para o XXVII Simpósio Nacional de História, evento que ocorrerá de 22 a 26 de julho de 2013 na UFRN, em Natal - RN.

Simpósio Temático - Religiões Mediúnicas e Afro-Brasileiras no âmbito da pesquisa histórica.


14 de mar. de 2013 | By: Fabrício

A Companhia de Jesus (IHS)



O conclave elegeu, como novo papa (13 de março de 2013), o cardeal Jorge Mario Bergoglio (papa Francisco), argentino, sucessor de Bento XVI à frente da Igreja Católica. Ele se tornou o 226º papa da Igreja (o primeiro latino-americano e também jesuíta). 

Importante congregação dentro da formação do Brasil no período colonial, os jesuítas foram essenciais para os planos da Igreja aqui no "Novo Mundo". Diante de tais fatos, explicaremos de forma breve que ordem é essa.


IHS: é a abreviação do nome de Jesus na escrita latina como se usava na Idade Média: lhesus Hominis Salvador (Jesus Salvador dos Homens). No século XVI, foi retomado com a significação de “Jesum habemus socium”, que quer dizer, “Temos Jesus como companheiro". O SOL: mostra a propagação (irradiação dos raios luminosos) do Cristo que visa chegar a todos os cantos do mundo. Missão missionária da Companhia de Jesus, além-fronteiras. OS CRAVOS E A CRUZ: alusão à Paixão do Senhor, como aviso da força e espírito de sacrifício necessário para a missão.

Depois de São Francisco de Assis, Santo Inácio de Loyola foi quem mais contribuiu para a difusão de tal insígnia. O fundador da Companhia utilizou o símbolo no início de suas principais cartas e escritos. Em forma impressa, usou o IHS como carimbo das principais publicações – por exemplo, na primeira edição do livro dos Exercícios Espirituais e, também, no carimbo oficial da Ordem.

Criada em 1534 por iniciativa de Inácio de Loyola (1491-1556), a Companhia de Jesus foi um modelo de ordem religiosa nascida da Contrarreforma – ou da Reforma Católica, como quer a historiografia recente. A fundação da Societas Iesu (Companhia de Jesus, em latim) ocorreu quase 20 anos depois de Martinho Lutero (1483-1556) afixar suas 95 teses na Catedral de Wittemberg, dividindo a cristandade romana. Os jesuítas se esforçaram ao máximo para defender uma Igreja acuada. E, assim, correram o mundo. Na Europa, procuravam reforçar o catolicismo por meio do ensino. Nas conquistas ultramarinas ibéricas, procuravam expandi-lo pela catequese. Desde cedo, afirmaram a vocação da Companhia e, não por acaso, seriam chamados de “soldados de Cristo”.

Em 1540, o papa Paulo III aprovou o instituto inaciano, e os jesuítas se lançaram ao Oriente português, sob a batuta de Francisco Xavier (1506-1552). No mesmo século, alcançaram a China, onde o padre Matteo Ricci (1552-1610) iniciou a adaptação do cristianismo à língua chinesa falada em Macau. Em 1549, chegaram ao Japão, onde Luís Fróes traduziu o cristianismo para a cultura local, experiência que terminou em tragédia, pois os jesuítas acabaram martirizados, em 1638, após uma revolta de camponeses cristãos.
No mundo atlântico, alcançaram o Congo ainda em 1548, favorecidos pela conversão do manicongo, o governante do Reino do Congo, ao cristianismo. Logo se instalaram em Angola, fundando o colégio de Luanda. Como no Oriente, traduziram o cristianismo para a cultura dos povos bantos. Essa missionação da África centro-ocidental põe em xeque a tese de que os escravos enviados ao Brasil desconheciam o cristianismo.
Ao Brasil, eles chegaram em 1549, liderados por Manuel da Nóbrega (1517-1570). Defrontando-se com uma sociedade menos complexa que as orientais, os jesuítas julgaram, de início, que a catequese seria mais fácil, e alguns chegaram a escrever que os tupinambás não tinham religião. Nóbrega esboçou em 1557 seu plano de aldeamento, cujo passo inicial era deslocar os índios para aldeias controladas pelos padres. Missionar no mundo indígena era ineficaz e perigoso: um deles, Pedro Correia, fora comido pelos carijós, na região de Cananeia, em 1554.
Também no Brasil os inacianos adaptaram o catolicismo à cultura local, no caso a tupi, a começar pela gramática de José de Anchieta (1534-1597). Escrita em 1556, tornou-se leitura obrigatória para os regedores das aldeias. Em todo caso, tiveram que enfrentar a resistência das tradições nativas. Obstáculo maior enfrentado pela Companhia foi a avidez dos colonos em escravizar os nativos. Os jesuítas resistiram em toda parte, sobretudo no século XVII, arrancando da Coroa leis proibitivas do cativeiro indígena. Os colonos, por sua vez, sempre pressionaram pelo direito de apresar os índios em “guerra justa”, isto é, em suposta represália a índios hostis.
Também na América Espanhola os jesuítas se destacaram. Mas ali só chegaram nos anos 1560. Tiveram que disputar espaço com dominicanos e franciscanos, pioneiros na catequese do México e do Peru. Acabaram dominando a catequese somente no sul, junto aos guaranis, no atual Paraguai. Estenderam a missão ao continente de São Pedro, no atual Rio Grande do Sul, fundando os Sete Povos das Missões.
Na segunda metade do século XVIII, as Coroas ibéricas bateram de frente com os jesuítas, a começar pela portuguesa, no tempo do marquês de Pombal. Muitos alegam que o problema residia na riqueza dos jesuítas, alvo da cobiça real. Outros destacam a fidelidade deles ao papa, um “soberano estrangeiro”, e não ao rei. Há quem destaque o papel dos jesuítas na Guerra Guaranítica (1753-56), quando os índios aldeados enfrentaram tropas luso-espanholas, desafiando o Tratado de Madri, que definia os limites das colônias espanholas e portuguesas. Tudo isto teve o seu peso. Mas talvez o mais importante tenha sido a hegemonia intelectual que os inacianos exerciam no mundo ibérico, o que contrariava o projeto de modernização do despotismo ilustrado, isto é,um conjunto de reformas adotadas pela Coroa, sob a inspiração de alguns ideais iluministas, na segunda metade do século XVIII.
O fato é que, por decreto de 1759, os jesuítas foram expulsos de Portugal e das colônias, tendo todos os bens confiscados. Outras monarquias seguiram o exemplo luso, por convicção ou interesse: a França, em 1762; a Espanha e o reino de Nápoles, em 1767; o ducado de Parma, em 1768. Em 1773, sob forte pressão, o papa Clemente XIV, franciscano, extinguiu a Companhia. Os inacianos foram presos e vários deles ingressaram em outras ordens. Os jesuítas tiveram que esperar até 1814 para ver sua Companhia restaurada. Depois do furacão napoleônico, a Roma dos papas percebeu que precisava deles outra vez.

REFERÊNCIAS:
  • AGNOLIN, Adone. Jesuítas e selvagens – a negociação da fé. São Paulo: Humanitas, 2007.
  • VAINFAS, Ronaldo. A heresia dos índios  Catolicismo e rebeldia no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
11 de mar. de 2013 | By: Fabrício

Animação dos Estúdios Disney contra o Nazismo - Education For Death

Poucas pessoas sabem da propaganda anti-nazista que os Estúdios Disney promoveu em suas animações. Um deles foi produzido em 1943, em plena atividade da Segunda Guerra Mundial contra os alemães. O curta é baseado no livro “Educando para a Morte: a construção dos Nazistas” do estadunidense Gregor Ziemer, o livro é de 1942.

A animação começa contando a história de um casal que tem um filho, eles provam que o mesmo é da raça ariana, e que pode servir a Hitler, verificam os nomes que ele pode receber, é escolhido o nome Hans, pois não era um nome judeu. Hans aprende um conto de fada, onde uma bruxa aterroriza uma dama que é salva por um cavaleiro ao som de “Cavalgada das Valquirias” de Richard Wagner. É interessante observar a simbologia presente: a dama em apuros é uma tipica cantora de ópera vestida de Valquiria, e a música tem a ligação direta com a personagem, além do mais Wagner era alemão e pangermanista, autor de livros que exaltam a raça ariana, e claro, um compositor muito apreciado por Hitler. O cavaleiro aqui é o próprio Hitler que vem salvar a Alemanha (a cantora) da democracia (a bruxa).

Mostra em seguida a educação das crianças alemãs, e Hans doente. Um soldado alemão adverte a mãe de Hans que não aceitam crianças doentes, que se o mesmo não melhorar será levado ao campo de concentração. As crianças aprendem os princípios do darwinismo, da seleção das espécies, do poder do mais forte sobre o mais fraco. Na última cena as crianças viram homens, e estão prontos para a guerra, caminham para a morte diante de cenas simbólicas como: livros de Voltaire sendo queimados, partituras de Mendelssohn, e a mudança de símbolos católicos. Mendelssohn, era Judeu e depois se converteu ao cristianismo, foi muito apreciado em sua época, era um grande pesquisador e redescobriu Bach, Heandel e Schubert. Durante o nazismo sua música foi banida.

Animação muito boa para ser trabalhada em sala de aula.

10 de mar. de 2013 | By: Fabrício

Normas Básicas Para Trabalhos Escolares

NORMAS TÉCNICAS BÁSICAS - PARA TRABALHOS ESCOLARES

Em virtude de muitos alunos não saberem como elaborar corretamente um trabalho escolar seguindo as normas exigidas pela  Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi que decidi elaborar um manual básico e prático, para que os mesmo possam desde os primeiros anos do ensino fundamental começar a se familiarizar com tais normas. 

8 de mar. de 2013 | By: Fabrício

O negro na sociedade brasileira



Resolvi escrever este pequeno artigo, a partir de uma conversa que tive entre amigos a respeito de haver ou não cota para os afro-brasileiros nas universidades públicas. Apesar de ser bastante polêmico, não vou aqui me ater ao tema das cotas. Quero aqui expôr minha forma de pensar sobre o negro em nossa sociedade desde o nosso período colonial até os dias atuais.

Foram os tempos que o negro, mesmo construindo a riqueza e o desenvolvimento nacional, foi esquecido. De fato, não houve a extensão dos direitos sociais a ele, mesmo após a alforria coletiva promulgada no dia 13 de maio de 1888. Ao negro, sobrou então as funções mais subalternas e indignificantes no exercício de sua parca cidadania. Portanto, o 13 de maio de 1888 não significou o fim dos problemas dos negros, pelo contrário, sua luta estava apenas começando a fim de buscarem seu espaço e reconhecimento dentro de uma sociedade branca e elitista.

Nos anos de 1980 e 1990, o debate sobre a causa negra ressurge com uma nova roupagem, como parte dos movimentos sociais que fortaleceram desde os anos 1970 em torno da identidade negra, da cidadania, seja pela politização em torno de uma consciência negra ou de uma cultura negra como meio de marcar uma cidadania diferenciada. Cidadãos com direitos, mas enquanto negros, afirmados muitas vezes culturalmente, seja através do candomblé, do reggae, da capoeira ou de outras práticas culturais.

O processo da colonização brasileira traz consigo traços culturais diferentes trazidos pelos europeus, índios e africanos, os quais contribuíram nos aspectos econômicos, sociais e políticos para a formação da identidade nacional. O negro - ou como atualmente é chamado, afro-brasileiro - começou a ser introduzido no Brasil no final do século XVI, com o objetivo de substituir a mão de obra indígena, passando a fazer parte como o principal construtor da grandeza econômica das colônia e um dos principais formadores da nossa sociedade.

Falar sobre a contribuição do negro para a formação da sociedade brasileira é falar daqueles que plantaram cana-de-açúcar, garimparam o ouro, construíram casas, casarões, igrejas, fortes, sobrados, cidades inteiras, num mundo feito para brancos, os quais os viam apenas como animais ou objetos, ferramentas sem nome, sem memória, sem história e sem mérito algum pelo que realizaram na construção do país e da sociedade, que cada vez mais os influenciava pela cultura, religião e até mesmo pela intensa mestiçagem, tanto com o branco como com o índio. O negro em geral não era tido como gente, e por isso não existia em termos de  ter identidade, cultura e história. O negro, que outrora na África era príncipe ou rei de uma grande tribo, agora tinha seu nome, sua crença, sua dignidade e sua história apagada pelo europeu que o levou ao cativeiro.

Quando analisamos com afinco a história do movimento negro brasileiro e mundial é possível percebermos uma característica comum a todos, que nada foi dado a eles, tudo foi conquistado dentro de um processo de muita luta. No Brasil, desde a extinção da escravidão, a comunidade afro-brasileira não tem sido contemplada com políticas públicas de caráter compensatório. O legado deixado pela perspectiva liberal grifou no curso da trajetória do afrodescendente o desassossegado e a pobreza. O endosso às políticas públicas reparatórias vem no resgate à dignidade de uma comunidade que, desde a diáspora africana, encontra-se afastada da denominada sociedade inclusiva.
7 de mar. de 2013 | By: Fabrício

Congresso Nacional


Uma ótima oportunidade para compreendermos melhor sobre a história do cangaço. Movimento social ocorrido no sertão nordestino durante o fim do século XIX e início do século XX. Além disso, é uma forma de saber como andam os debates e as produções sobre o tema.

Pato Donald - Der Fuehrer's Face 1943

Em uma época conturbada pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os Estados Unidos através da produção dos Estúdios Disney, tratou de fazer algumas produções que exaltassem o nacionalismo estadunidense e ao mesmo tempo fez duras críticas ao sistema nazista imposto pelos alemães.

Der Fuehrer's Face (Na cara do Fuehrer) é um curta-metragem de animação produzido pelos Estúdios Disney em 1942 e protagonizado pelo Pato Donald. É também o nome de uma canção de Oliver Wallace presente neste mesmo curta. O vídeo, de orientação anti-nazista, foi dirigido por Jack Kinney e originalmente lançado nos cinemas dos Estados Unidos em 1 de janeiro de 1943 pela RKO Pictures. Venceu o Oscar de melhor curta de animação e foi eleito o vigésimo segundo melhor curta de animação da história do cinema estadunidense de acordo com o livro The 50 Greatest Cartoons, de Jerry Beck.

11 de Setembro de 1973 (Chile)

Já assisti inúmeros documentários sobre o 11 de setembro de 2001, quando ocorreu o ataque terrorista às torres gêmeas do World Trade Center de Nova York e ao Pentágono em Washington. Essa produção em especial traçará um paralelo entre o 11 de setembro dos EUA, com o 11 de setembro de 1973 no Chile, fazendo assim, duras críticas ao governo estadunidense ao mostrar que eles não são tão vítimas como se julgam, mas sim que apoiaram a instalação de ditaduras em toda a América Latina e em especial (como destaca o vídeo), a do Chile.

Entre a Suástica e a Palmatória


O curta destaca um dos resquícios deixado no Brasil por um dos sistemas mais nefastos da história mundial, o nazismo alemão. Nos anos 1930, órfãos eram submetidos à situação análoga à escravidão em fazenda no interior de São Paulo por simpatizantes do nazismo. Vale a pena conferir esse documentário, muito bem produzido pela revista História da Biblioteca Nacional que conta um pouco da nossa história mesmo que ainda muitos tentem escondê-la.