27 de mai. de 2013 | By: Fabrício

Botinada: A Origem do Punk no Brasil (2006)


Botinada: A Origem do Punk no Brasil apresenta a história do movimento punk, que se formou em diversas regiões do Brasil, principalmente São Paulo e Brasília, no começo da década de 80, influenciado inicialmente pelos movimentos surgidos na Inglaterra e Estados Unidos durante o final da década de 70.

Este documentário foi construído através de diversos relatos daqueles que participaram ativamente do movimento e o vivenciaram desde o seu início. Figuras que marcaram a cena musical punk paulista e brasiliense, além de outros que frequentaram os locais de encontro da juventude punk (como o Hangar 110, na zona norte; o Largo de São Bento e a Galeria do Rock, ambos no centro de São Paulo) dão seu depoimento sobre este movimento de natureza controversa e rebelde, tentando definir seu objetivo e as suas origens, mostrando as suas peculiaridades em relação aos exemplos estrangeiros.

Foi produzido por Gastão Moreira e lançado pela ST2 em 2006. Foram quatro anos de pesquisa, 77 pessoas entrevistadas, milhares de horas nas ilhas de edição, 200 horas de vídeo e muitas imagens raras e inéditas compiladas pela primeira vez.

Teve como base os documentários Punks, Garoto do Subúrbio e Rota ABC, e conta com imagens raras, como a banda Cólera tocando ao vivo em 1980 na TV Tupi que nunca foi ao ar e o Inocentes tocando no Gallery em 1982, além de entrevistas com punks de todo Brasil, jornalistas, cineastas, bandas e simpatizantes do movimento punk.

Foi lançada uma edição especial na qual é acompanhada a trilha sonora do filme em um CD. Há também uma versão extraoficial com imagens e músicas de bandas internacionais que não saíram na versão oficial devido ao alto preço cobrado pelas gravadoras para liberar essas imagens e músicas.

O movimento punk influenciou toda a cena musical brasileira da década de 80. Bandas como Ira, Titãs, Capital Inicial, Plebe Rude, e outras tantas – tanto de Brasília, como de São Paulo ou Rio de Janeiro –, beberam na fonte das letras de protesto, na simplicidade do som e na representação violenta de sua imagem.

DIREÇÃO: Gastão Moreira.

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