Poucas
pessoas sabem da propaganda anti-nazista que os Estúdios Disney promoveu em
suas animações. Um deles foi produzido em 1943, em plena atividade da Segunda
Guerra Mundial contra os alemães. O curta é baseado no livro “Educando para a
Morte: a construção dos Nazistas” do estadunidense Gregor Ziemer, o livro é de
1942.
A animação começa contando
a história de um casal que tem um filho, eles provam que o mesmo é da raça
ariana, e que pode servir a Hitler, verificam os nomes que ele pode receber, é
escolhido o nome Hans, pois não era um nome judeu. Hans aprende um conto de
fada, onde uma bruxa aterroriza uma dama que é salva por um cavaleiro ao som de
“Cavalgada das Valquirias” de Richard Wagner. É interessante observar a
simbologia presente: a dama em apuros é uma tipica cantora de ópera vestida de
Valquiria, e a música tem a ligação direta com a personagem, além do mais
Wagner era alemão e pangermanista, autor de livros que exaltam a raça ariana, e
claro, um compositor muito apreciado por Hitler. O cavaleiro aqui é o próprio
Hitler que vem salvar a Alemanha (a cantora) da democracia (a bruxa).
Mostra em seguida a educação das crianças alemãs, e Hans doente. Um soldado alemão adverte a mãe de Hans que não aceitam crianças doentes, que se o mesmo não melhorar será levado ao campo de concentração. As crianças aprendem os princípios do darwinismo, da seleção das espécies, do poder do mais forte sobre o mais fraco. Na última cena as crianças viram homens, e estão prontos para a guerra, caminham para a morte diante de cenas simbólicas como: livros de Voltaire sendo queimados, partituras de Mendelssohn, e a mudança de símbolos católicos. Mendelssohn, era Judeu e depois se converteu ao cristianismo, foi muito apreciado em sua época, era um grande pesquisador e redescobriu Bach, Heandel e Schubert. Durante o nazismo sua música foi banida.
Animação muito boa para ser trabalhada em
sala de aula.
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