“Este
álbum é sobre nossa cultura, lendas e capítulos verdadeiros de nossa história.
Episódios que não devem ser esquecidos.”
O grupo faz rock inspirado no passado do Brasil. Nas 13 faixas,
a voz de Maurício Guimarães, 31, acompanha a guitarra de Renato Domingos, 36,
em versos bate-cabeça sobre a rainha Maria 1ª (“Queen Mary Insane”), Guerra
Guaranítica (“Echoes from the River”), lendas (“Matinta” e “Uiara”) e mais.
“A gente sempre gostou do tema e quer que as pessoas se
interessem”, explica o vocalista e engenheiro ambiental. “Tem banda que já faz
músicas sobre o folclore e tal, mas sobre conflitos não tem muita”, completa o
publicitário e guitarrista.
A maioria das faixas é cantada em inglês. “Quem curte metal
escuta muita coisa gringa, é costume”, diz Renato.
Idealizadores do Armahda, Mauríco e Renato se conheceram no
começo dos anos 2000. Desde então, contam, têm a ideia do projeto de metal
histórico. “De uns anos para cá, começamos a compor e a colocar em prática”,diz Renato. O resultado foi a gravação do CD, que contou com ajuda de outros
músicos.
A pesquisa envolve livros de Laurentino Gomes (“1808″, “1822” e
“1889”), teses e documentos no acervo da Biblioteca Nacional. “A gente toma cuidado
com a bibliografia, para não falar besteira”, conta Maurício.
Outras preocupações são não politizar muito (“é uma linha tênue,
o importante é levantar a discussão”); não serem taxados de “monarquistas”,
como já aconteceu; nem virarem ídolos de nacionalistas radicais –”é perigoso,
nunca foi nem é a ideia”.
Nos últimos meses, os dois amigos reativaram contatos para
completar a banda, que faz sua primeira apresentação oficial às 19h deste
domingo (7) no Carioca Club (zona oeste de SP).
Com Ale Dantas, 40, na segunda guitarra, Paulo Chopps, 32, no
baixo e João Guilherme Pires, 29, na bateria, o Armahda abre o show do grupo
sueco Sabaton, que segue a linha temática histórica – sua música “Smoking
Snakes” homenageia soldados da FEB (Força Expedicionária Brasileira).
“Um fã brasileiro do Sabaton mandou nosso som pra eles, que nos
indicaram para a produção aqui no Brasil”, relata Renato. “Por uma ironia a
gente vai tocar no dia da Independência”, ressalva Maurício. “Estamos aí para
cutucar as feridas da República.”
Para o bem de todos e a felicidade geral da nação, diga ao povo
que grite. Alto.
Música: Armahda.
A música trata da Revolta da Armada, que foi um movimento de rebelião
ocorrido em 1893 liderado por algumas unidades da Marinha Brasileira contra o
governo do presidente Floriano Peixoto.
Fonte: UOL.
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