Os chineses
adotaram nomes familiares por volta de 2800 a.C. para facilitar a realização de
um censo, mas foi só após a Idade Média que os sobrenomes começaram a ser
utilizados no Ocidente. Até então, eram privilégios dos nobres e dos mais
ricos. Na Turquia, por exemplo, só foram oficialmente adotados em 1933. Na
Europa, a palavra sobrenome começou a aparecer em documentos oficiais a partir
de 1370. Antes, as pessoas forneciam apenas o primeiro nome e o local de
nascimento para os registros.
A prática existia
desde a Antiguidade, em Roma. Os cognomina
surgiram para diferenciar indivíduos dentro de um mesmo clã ou família maior,
derivados, originalmente, de apelidos que faziam referência a alguma
característica marcante. César, por exemplo, significava “cabeludo”. Os
apelidos começaram a ser transmitidos entre gerações, como sobrenomes, mas a
prática caiu em desuso com a queda do império.
O uso dos
sobrenomes se tornou necessário quando a população mundial começou a aumentar.
Em 1100, a aristocracia veneziana já tinha adotado o segundo nome e o costume
foi difundido por outros países europeus. Os nomes faziam referência às
profissões, origens, ou características. No fim do século XII, ter apenas um
nome era considerado vulgar.
Mas até cerca de
1450, os nomes não eram fixos nem hereditários. O costume de relacionar o
sobrenome com o pai fazia com que mudassem a cada geração: o filho de Peter era
Petersson, mas seu filho podia ser Johansson. Das mulheres, era esperado que
adotassem a linhagem do marido. No Brasil, foi assim até 1976, quando a lei do
divórcio tornou o costume opcional.
FONTE: Revista Aventura na História.
FONTE: Revista Aventura na História.
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