14 de abr. de 2014 | By: Fabrício

Dois e dois são cinco

Vasculhando a internet, achei por mero acaso o vídeo a seguir. O filme destaca um professor que quer inserir uma mentira na cabeça dos alunos e que para isso está determinado a usar da violência para defender sua teoria. Mas os problemas começam para o professor quando um dos alunos resolve contrariá-lo. Assista:


Se pararmos para pensar, diariamente somos tentados e influenciados pela TV, jornais, internet, novelas, entre outros veículos de comunicação de massa que querem a qualquer custo fazer-nos aceitar um determinado padrão, a digerirmos tais ideias, a fim de nos tornarmos sujeitos passivos, conformistas e alienados. Tudo isso acontece de forma tão sutil que quase se torna imperceptível aos menos atentos. Diante de tal conjuntura necessitamos filtrar e discernir o que os meios de comunicação nos impõem. Afinal, qual é o proveito de programas como Big Brother Brasil (BBB)? É uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. 

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. 

Mas e quanto aos jornais? Em suas bases, o jornalismo tende a ser totalmente imparcial, porém, diariamente vemos o uso de alguns artifícios nos textos jornalísticos, tendo implícita a opinião do autor (jornalista) ou do veículo em cada linha redigida. O jornal é um dos meios de comunicação que mais qualifica o seu público e desempenha um papel muito importante na vida social de cada pessoa. Ao se mencionar a palavra “jornal” o que vem em mente é o jornal impresso, tão presente no cotidiano de muitas pessoas que lê-lo é quase um ritual. Ao mesmo passo, esta visibilidade atribui a ele um poder de influência ou manipulação muito grande, induzindo ou até mudando o pensamento e o comportamento de muitas pessoas. E isso vale também aos telejornais, uma vez que grande parcela dos cidadãos só tem contato com o noticiário através dele, sobretudo entre a classe mais pobre da população.

Devemos questionar a tudo, ouvir e comparar opiniões divergentes a fim de podermos nos posicionar tendo um bom embasamento do assunto em questão. Não devemos aceitar a primeira vista, como verdade absoluta tudo aquilo que é mostrado na grande mídia e/ou que o Estado nos impõe, bem como o aluno que afrontou o professor que convicto, não se deixou levar pelos outros, não se intimidou e até o fim defendeu seu ponto de vista diante de seu opressor.

Afinal, uma sociedade que não pensa, não questiona e que aceita tudo de forma complacente, fica mais fácil governar e controlar de acordo com os interesses de quem está no poder.


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