Soldados alemães
Você sabia porque os
uniformes alemães da Segunda Guerra Mundial eram tão bonitos? Hugo Boss desenhou e criou eles.
Fornecedor exclusivo dos
uniformes negros das SS (Schutzstaffel), da Juventude Hitlerista e de outras
agremiações nazistas (sempre muito preocupadas com a elegância), ganhou milhões
entre 1934 e 1945 e para dar conta das encomendas, a solução foi apelar para a
mão de obra - compreensivelmente baratíssima – dos prisioneiros de guerra.
De início, paralelamente à
fabricação de uniformes, que era compartilhada com outras alfaiatarias, a Hugo
Boss também produzia roupas normais para trabalhadores e camisas. Em 1938, a
situação mudou com o reinício do recrutamento militar na Alemanha. O foco
passou a ser exclusivamente a confecção de uniformes para as forças nazistas. A
empresa chegou a contar com 300 funcionários nesta época. Como era difícil
encontrar mão de obra durante a guerra, a fábrica se beneficiou de 140
trabalhadores forçados, à maioria deles, mulheres. Outros 40 prisioneiros de
guerra franceses trabalharam para a Hugo Boss de outubro de 1940 a abril de
1941.
Após a Segunda Guerra
Mundial, Hugo Ferdinand Boss foi processado e
multado por sua participação no nazismo.
Hugo Ferdinand Boss (1885-1948)
Durante o período de
desnazificação, com o fim do regime, em 1945, Boss foi considerado como
"responsável". Apesar disso, ele foi autorizado a continuar tocando
sua fábrica. Mas, não viveu tempo suficiente para ver sua empresa virar uma
grife mundialmente famosa, morrendo aos 63 anos.
Sinônimo de elegância e
luxo, a HUGO BOSS é um produto “Made in Germany” altamente respeitado no mundo
da moda. No entanto, a tradicional marca alemã carrega um passado de
envolvimento nazista. Hugo Ferdinand Boss teve uma relação muito estreita com o
nazismo. Em 1931 se filiou ao Partido Nacional-Socialista (NSDAP), de Adolf
Hitler. Antes e durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa desenhou e produziu
uniformes de tropas e oficiais da Wehrmacht e SS. Além disso, a empresa foi
acusada de usar mão-de-obra forçada, onde os trabalhadores tinham uma carga
diária de 12 horas, com um curto período de intervalo. O empresário, após o
término da guerra, foi tachado de “oportunista do Terceiro Reich“, multado em
80 mil marcos, e privado de seus direitos civis. “A fábrica de roupas fundada
pelo senhor Hugo Boss produziu roupas de trabalho e achamos que também
uniformes da SS. Até agora, nós não temos arquivos na companhia e nós estamos
tentando descobrir o que aconteceu“, declarou Monika Steilen, porta-voz da
empresa, em 1997, quando a notícia foi divulgada por uma revista austríaca.
Uniformes do III Reich e da SS desenhadas por Hugo Boss
A marca alemã Hugo Boss
emitiu um pedido formal de desculpas dia 22 de setembro de 2011, por ter usado
mão de obra escrava na produção de uniformes nazistas durante a Segunda Guerra
Mundial. No comunicado, a empresa expressa o seu profundo pesar às vítimas que
sofreram na fábrica dirigida por Hugo Ferdinand. “Nós nunca escondemos nada e
sempre buscamos trazer clareza ao que aconteceu no passado. É nossa
responsabilidade com a empresa, com nossos funcionários, nossos clientes e com
todos os interessados na história da Hugo Boss.”
O pedido de desculpas foi
realizado após o lançamento de um novo livro que revela a ligação do estilista
alemão com o nazismo. Segundo a publicação, Hugo Boss, não somente era o
estilista preferido de Hitler como também um fervoroso adepto do partido
nazista.
Assista ao vídeo a seguir:
Assista ao vídeo a seguir:
3 comentários:
Pra mim, quem apoia um ditador como Hitler, não merece respeito.Não sabia dessa ligação entre Hugo Boss e esse assassino psicopata.Já não comprava muita coisa dessa marca em função de seu preço sempre abusivo, depois do que vi, nunca mais , nem mesmo um alfinete!
Interessate.
Hugo Boss não desenhou os uniformes, "apenas" fabricou.
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